O texto “A dinâmica da transferência” de Freud aborda os sentimentos anteriormente direcionados a outro indivíduo que o paciente dirige para o terapeuta. Este fenômeno é conhecido como transferência e é de suma importância para o processo terapêutico.
No início da leitura é explicado sucintamente que a transferência não implica somente em ideias antecipadas conscientes, como inconscientes também. Desse modo, o sujeito pode não obter clareza dos sentimentos projetados no outro. Ainda neste sentido, dois pontos foram apresentados como sendo difíceis de examinar: a intensidade da transferência nem indivíduos neuróticos e o motivo da transferência representar uma forte resistência ao tratamento psicológico.
Em relação ao primeiro entrave exposto no texto é visto que os indivíduos neuróticos estabelecem transferências mais intensas em virtude de características próprias da neurose. A psicanálise não é considerada fator determinante neste processo especifico. Essa constatação foi realizada pelo escritor alemão Gabriele Reuter. A segunda problemática, referente a resistência presente no processo terapêutico, também foi cuidadosamente esclarecida com embasamento em teorias Junguianas. Vale lembrar que, segundo Jung, a parcela da libido capaz de tornar-se consciente é reduzida. Em contrapartida, a parte inconsciente é aumentada. A análise pela qual o indivíduo é submetido em terapia busca tornar a conteúdo libidinal útil a realidade e acessível a consciência humana.
A dinâmica da transferência é contemplada de modo claro pela obra de Sigmund Freud. Ademais, é uma boa leitura para os estudantes de psicologia que buscam obter melhor compreensão da forças envolvidas em uma transferência paciente-terapeuta, tanto positiva quanto negativa. Ao decorrer das páginas é salientado que a força da resistência também é consequência da relação transferencial.
Em suma, o capítulo é bastante esclarecedor e oferece subsídios suficientes para os leitores enquanto estudantes de Psicologia.
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